Depois
que teve dengue, meu pai ficou bem debilitado. Nunca mais sua hipertensão e
diabetes normalizaram. Numa das crises que teve, onde a taxa de glicemia
altíssima provocou imobilidade, confusão mental, sudorese e taquicardia,
tivemos que chamar a ambulância do Corpo de Bombeiros a fim de que o levassem
ao hospital para ser atendido, já que não conseguíamos movimentá-lo para além
da cama onde permanecia imóvel.
Fomos
prontamente atendidos pelo Corpo de Bombeiros. Rapidamente, quatro homens
fortes o colocaram sobre uma maca, depois dentro do furgão, e saíram em
disparada rumo ao hospital.
Eu
e minha mãe fomos logo em seguida. Quando chegamos ao hospital, e enquanto meu
pai era atendido pela equipe médica de plantão, tivemos que nos deter um pouco
na portaria por conta de toda burocracia de um atendimento de urgência hospitalar: documentos, fichas e cartões de atendimento, plano de saúde, etc.,
etc., etc.
Quando
conseguimos chegar ao quarto onde ele estava, aparentava estar tudo bem, mas
queríamos ter certeza. O diálogo foi
mais ou menos esse:
_E
então, pai, está tudo bem?
_Sim
está tudo ótimo! E deu um grande sorriso
de pura felicidade.
(Resposta
temerária de alguém que acabara de ser atendido com urgência pelo Corpo de
Bombeiros e Equipe Médica de Emergência)
_Acabei
de realizar um sonho de infância: Andei no carro dos Bombeiros!
...e
mais uma vez, seu rosto se iluminou!