O Kefir foi descoberto pelo mundo ocidental no início do século XX. Sua origem data de cerca de 4000 anos na região do Cáucaso, onde hoje fica a Turquia, Azerbaijão, Geórgia e Rússia. Era utilizado e distribuído somente por tribos muçulmanas e era chamado de “jóia de Alá”. Em 1908, a Sociedade de Médicos Russa ficou sabendo das propriedades medicinais do kefir e tentou conseguir alguns desses grãos milagrosos. Como não conseguiram, montaram um “complô”: enviaram Irina Sakarova , funcionária de Vladimir Blandov, dono de um laticínio, até a região do Cáucaso para seduzir o príncipe muçulmano Bek-Mirza Barchorov e conseguir os grãos de kefir. O príncipe apaixonou-se por ela mas negou-se a dar-lhe os grãos com medo de quebrar sua antiga tradição. Percebendo que o plano falhara, Irina fugiu. Porém foi recapturada pela guarda do príncipe que realmente desejava casar-se com ela.
Vladimir Blandov preparou então uma missão de resgate na qual o príncipe muçulmano foi preso e levado ao czar russo. Para ser solto, exigiram dele o pagamento de uma “fiança”: cerca de 4,5 kg de kefir a serem pagos diretamente a Irina que os distribuiu à população russa em setembro daquele mesmo ano.
Para mim, o kefir é um velho conhecido. Desde criança, tenho contato com os famosos grãos de kefir. Eu os conheci através dos meus avós que obtiveram os grãos em uma doação feita por alguns amigos que estiveram na Rússia, o país de origem deles e dos seus amigos.
Houve épocas que os tive, que os perdi, que eles morreram (sim, eles morrem!), que ganhei outros, que joguei fora, que fiquei com raiva, que desisti, que enjoei, que os congelei, que gostei, que parei com tudo, mas a verdade é que quem já teve kefir alguma vez na vida não consegue mais viver sem ele e sabe reconhecer os benefícios por ele causados, nem que seja somente ao paladar!
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